Alterações na voz podem indicar doenças graves

Por Portal Opinião Pública 11/04/2024 - 16:28 hs
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A voz de cada ser humano é única e por meio dela é possível identificar emoções e muitas características da pessoa, além do estado de saúde ou de complicações que precisam de investigação e diagnóstico.

De acordo com o médico otorrinolaringologista Thiago Brunelli, do Hospital Santa Casa de Mauá, por ser importante para a comunicação, a voz precisa de cuidados especiais, principalmente, quando utilizada de forma profissional, exigindo até a adoção de algumas mudanças de hábitos.
 
Os sintomas mais comuns que indicam problemas na voz são a disfonia e a rouquidão. O primeiro caracteriza-se pela dificuldade na emissão da voz, pode ser leve ou extrema e causar a perda parcial ou total da voz. O outro é uma condição disfônica. Ambos os sintomas podem ser causados por infecções virais das vias aéreas superiores, laringite, refluxo gastroesofágico, nódulo vocal, pólipos, cistos ou Edema de Reinke.

Os tumores ou câncer de garganta podem ser uma das causas da disfonia e por essa razão é importante investigar, principalmente, se houver tabagismo e alcoolismo envolvidos. Os sintomas são a falta de ar, dor e esforço para emissão da voz, dificuldade para mantê-la e, até,  engasgos.

Se os sintomas de uma disfonia ou rouquidão persistirem por mais de 15 dias é importante buscar ajuda médica e jamais se automedicar. O uso de receitas caseiras, de pastilhas, de sprays e gargarejos devem ser evitados para não agravar ou mascarar a doença. Os tratamentos, em todos os casos, podem envolver medicamentos, reeducação da voz e cirurgias.

Alguns cuidados podem ajudar a proteger a voz como: evitar pigarrear, gritar ou falar por muito tempo; beber bastante água em temperatura ambiente ao longo do dia; evitar o uso de pastilhas e sprays; não fumar; evitar bebidas alcoólicas, café, chocolate e derivados e fazer repouso vocal antes ou após o uso excessivo da voz.

“Fique atento à sua voz e caso perceba alguma alteração, procure um especialista. Quando diagnosticadas no início, as patologias têm grandes chances de cura”, explica Thiago Brunelli.